
Seja por influência das luas, das marés, dos deuses, das hormonas (ou de que outros raios de coisas) que nos influenciam, mas acordei um bocado estranha!
Nada de novo, e entendes-me, principalmente se fores mulher.
Nada de novo se também és dos que absorve as energias de tudo.
Nada de novo, e entendes-me, principalmente se fores mulher.
Nada de novo se também és dos que absorve as energias de tudo.
Bem cedo já estava a trabalhar, enclausurada no betão, no barulho das obras e nas palavras com que lido e as quais nem sempre entendo. Mas o mal-estar não abrandava…
Quando finalmente a hora de almoço chegou, notei que ou faria dela algo de bom ou ia ser a única responsável por uma tarde de “neura”.
(Infelizmente tenho neuras brutais! Não sobreviveu ninguém para falar delas senão eu-zinha da Silva)
Corri para perto da agua, com o MP3 enfiado nas orelhas até ao cérebro!
Parei junto ao rio e o relógio parou comigo durante uma hora para que eu visse os barcos atracar no cais, para que visse o transito bulir, infernal, sob o calor seco e o passo apressado de quem passava sem me ver!
Parei junto ao rio e o relógio parou comigo durante uma hora para que eu visse os barcos atracar no cais, para que visse o transito bulir, infernal, sob o calor seco e o passo apressado de quem passava sem me ver!
Com uns minutos de sol, senti a bateria a carregar de energia positiva.
Uma visita inesperada, mas distante, apaziguou-me o saltitar do coração e despertou-me para as horas.
A tarde não foi de tortura!
A tarde não foi de tortura!
Rodei a chave de casa e pousei as tralhas (que se coleccionam sozinhas por mais que me tente livrar delas)…
Os patins estão parados, a bicicleta também.
Os patins estão parados, a bicicleta também.
Estou sem energia e sem vontade!
Meia cheia e meia vazia de qualquer coisa, que nem imagino o que é!
A prancha enfeita a parede e combina com a cor do vento que atravessa os cortinados!
A prancha enfeita a parede e combina com a cor do vento que atravessa os cortinados!
- “ A minha vida não pode ser isto! Raio de dia! Vou ter uma conversa com o deus dos mares!”
Reuni as tralhas outras vez, peguei na prancha e troquei o salto alto pelo chinelo de enfiar no dedo do pé!
Voei pela ponte até à praia, vesti-me à pressa e mergulhei!
Voei pela ponte até à praia, vesti-me à pressa e mergulhei!
- “Can"t you feel my heart is beating?” – Cantei bem alto depois de me afastar dos que já lá estavam, o mais que pude.
Chorei até o rímel, esquecido, escorrer para a prancha…
Olhei em volta e agradeci.
Rezei…
São rituais estranhos para qualquer mortal. Mas para mim, são coisas indizíveis. Momentos perfeitos… Tão perfeitos que poderia morrer ali… Morrer de “tão feliz”.
Conversei com ele. Ele ouviu-me…
Recebi o que tinha para mim e consegui surfar como nunca o tinha feito. Toda a minha felicidade natural voltou.
Recebi o que tinha para mim e consegui surfar como nunca o tinha feito. Toda a minha felicidade natural voltou.
Tanto tempo ali fiquei até que me senti realmente, verdadeiramente, completamente vazia!
Vazia de tudo. Até de forças...
Agora sim! Estava pronta para sair, vazia, e voltar a encher-me (de coisas boas).
Lamento senhor deus dos mares, se te carrego com o meu “fardo”, mas tu e só tu consegues lavar-me a alma e trazer-me a pureza de volta!
Serei para sempre tua! Porque sou também uma parte de ti...
E tenho saudades! :)
2 comentários:
Chavala, tu és mágica! Se calhar não sabes, mas és.
Gostei das descrições sobre os pequenos momentos da tua vida. Tens uma religião propria que não comprendes muito bem (também não é preciso). Chama-se magia.
Bem, por agora terminei o meu momento de relax, tu com prancha no mar, eu com o pc num blog qualquer... Vou bazar porque "a vida está lá fora", como diz a música.
Talvez um dia volte (qui ça).
Como vai a tua "vida lá fora"?
Deixo a pergunta... porque... (qui ça, voltas!)
Boas "viagens"...
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