
Há dias em que dá medo viver…
Por norma não sinto este aperto no estômago! Parece que levei um murro e nem cheguei a saber de onde ele veio!
Hoje é uma dessas noites, das raras, em que vou tentar dormir, de luz acesa, a ouvir o coração acelerado “bater” na almofada num ritmo ensurdecedor!
Vou dar voltas. Abrir livros. Ligar a televisão. Desligá-la de seguida. Assistirei ao filme do meu dia. Vou ver rostos e perguntar-me porque não parei para te perguntar “- Como estás?”.
Quem sabe não é uma excelente noite para chorar!?
Tento convencer-me de que não existe motivo algum para estar assustada! E sei que existe um motivo, mesmo debaixo do meu nariz para isto estar a ocorrer! Olho, mas não o vejo.
Onde queres que vá? Onde foi que me enganei no caminho? Se errei, mostra-te!
Mas longe de me sentir eu, só hoje, tenho medo dos Homens, e das coisas, e dos dias e do que já foi e do que está para vir! Tenho até medo de ti!
Tive um dia lindo e cheio, de coisas boas e de contratempos… Resolvi o que era possível. Vi quase todos os que amo… Ajudei e estive presente quando fui invocada.
Fui quase dona do meu dia… Fui tão feliz!
Anoiteço irreconhecível para mim mesma…
Amanhã, prometo-me, será um dia sem medos. Só de sorrisos, de gratidão e de paz! Porque eu mereço… porque quero… porque sou… Assim: dual e complexa! Lunar e solar! Aberta, sem ser escancarada. Fechada sem estar trancada!
Amanha, venci o medo!

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