Com bolinha VERMELHA

NOTA:
Este texto tem bolinha vermelha no canto do ecrã.
Por isso, se és menor, não tens motivos para ler estas coisas!
Desliga a net e vai estudar! Ou vai para a rua antes que o teu cerebro fique quadrado como o meu!
Mantém-te na tua ingenuidade, porque essa é uma das poucas coisas que depois de se perderem, não se recuperam.
Se és maior de idade, talvez não tenhas motivos para ler isto!
Mas vais encontrar-te num ou noutro palavrão... visto que de ingénuo não tens nada.
Em Kabba, nunca se escreveu assim.

Quem já não chorou até ter a sensação que os olhos vão saltar das órbitas?!
Quem já não acordou com os olhos tão inchados que nem os consegue abrir?...

Ora, eu cai no buraco! (Outra vez! lool)
Nada de grave, tendo em conta que fui eu que o cavei.
Com uma colher, cavei, cavei, cavei…
e depois devo ter-me sentado, aparvalhada, na sombra de uma árvore, a olhar para a minha obra.
Entretanto o tempo passou.
Assim, escrevo este post do fundooooooo de um buraco bem jeitoso!
As paredes e o fundo, estão lamacentos, frios e escuros!
Sinto-me tão útil quanto um fungo!

Mas tenho de reconhecer que tecnicamente está tão bem cavado (o que tem o seu mérito) que levarei uns dias a arranjar soluções.
- E o que é que vocês tem a ver com isso?
- Ainda não sei. Mas quando estiveres num sitio escuro e frio. E se sentirem perdidos, mesmo sabendo onde estão; ou sozinhos, mesmo no meio da multidão, venham aqui e leiam isto. Pode ser que ajude.

Cronologicamente, a coisa foi assim:
Cavei, cavei, cavei…
Queda, indignação, revolta, desespero, incompreensão, lágrimas, lágrimas, lágrimas, remela, desespero, pânico, dormir. Isolamento, vergonha, pânico, dormir, chorar, dormir.
Acordar, sonhar, dormir, acordar e lutar!
Ter as melhores ideias e as mais bestiais!
Dar um tiro na cabeça (metaforicamente falando) foi opção. Fugir também (mas tenho de me aturar para onde quer que vá!). Mudar é mesmo o que me apetece (mas sem o euro milhões, a coisa complica)!
Sobra, agarrar na colher, com que cavei o buraco, e começar a reconstruir uma escadinha com a matéria-prima que tenho à mão. O engenho vem da adversidade! O que ganho com isto? Nada! Aprendi que mais ma vez tive tudo, e perdi. (Se a perda foi grande, ainda não sei!)

Ainda gritei do fundo do buraco, mas não me parece que esteja alguém a passar por ali.
(Metaforicamente, bate-se à porta e esta fecha-se. Bate-se noutra porta e fecha-se também. Agarra-se da maçaneta da porta e põe-se abaixo. Não está ninguém…)

Estou na fase do buraco! Essa é certa!
Que vou ter de sair, também é certo!
Agradeço mesmo que o telefone não toque, que o carteiro perca as minhas cartas, que os dias passem a correr, que os meus amigos andem tão felizes que nem tenham tempo para se lembrarem que eu existo.
Mas, já estou a tentar construir uma escada e cada oportunidade que não surge é um cartucho gasto; é um tempo que já não se perde. Nem todos os tiros são certeiros e bem mereço andar a penar uns tempos. E conforme vou escrevendo, vou exorcizando (afinal deve ser esse o objectivo deste texto. Descobri.). Desculpem lá o desabafo!
Quem me conhece, apesar de parecer que sou muito tranquila, sabe que tenho de estar sempre metida num problema (seja meu ou não) e quando não tenho nenhum, invento. Gasto 90% das minhas energias e lutar com coisas que nem existem. Ora, quando vem o momento da batalha, estou demasiado cansada para me dar ao trabalho de mexer uma palha!
90% do meu tempo é passado a fugir do que sinto e a recusar-me a aceitar que me saiu a sorte grande! Varro a sorte para a rua e depois vou à procura dela.

Recordo o momento em que bati mesmo no fundo. Nunca tremo, mas naquele momento tremia de tal forma que não conseguia estar de pé. Nem conduzir ou simplesmente falar! Foi esse o momento X.P... que pariu esta m... toda.
Que vá tudo para o c….
Estou farta destas tretas.
Não valho nada.
Não consigo…

*Não estou assim tão mal? Há gente pior?
- Mas que caralho é que tenho a ver com isso?
*Todos passamos por coisas assim?
- Tá bem, tá! Vai lá, vai!
- Estou sempre a ajudar e onde é que se meteram todos?
- Ora fo…-se! Tudo para o c…..!

- Até a chuva e o frio parece que vieram para me f… os galhos! (para não usar palavra começada por c)
- E a m…. da dor de dentes e a cara inchada? Que se f…. Enquanto me dói o corpo, não me dói a alma!
* Estás aguardando que as coisas caiam do ceu?
- Já perdi essa parte da ingenuidade! (Já só acredito no pai natal!) * A coisa pode piorar!
- Ora essa, é bem verdade! E que vou conseguir, sozinha (como sempre), ah lá isso vou! Certinho!

Escrevo isto porque já passaram uns dias. Até agora não me saia nada! Já sequei as lágrimas quase todas e enterrei a vergonha numa das cavidades do meu poço. Ou seja, depois da escuridão total, olho para a rua e já consigo raciocinar que para lá das nuvens, queira eu ou não, o sol brilha (ainda que não o veja).
Mas há tanto para fazer que três dias bastaram para deixar de estar a olhar para o fundo do poço e olhar para o topo. Afinal, no fundo, no fundo, eu é que convoquei tudo isto. E agora que cá estou (no labirinto, se leram o livrinho de que vos falei), afinal qual é o meu problema agora?

Estou ainda a “bater mal”. Choro por tudo e por nada. Não quero ouvir, ver ou falar com ninguém (e até nisso tenho sorte!). Não há surf, nem mar, nem sol. Acabou-se o Ioga, as teorias e as filosofias. Não me apetece NADA! Perco a chaves de casa, três vezes ao dia. Estou desconcentrada e pouco motivada. Olho para as coisas e tudo me parece ridículo, longe, inalcançável, supérfluo… Não há amores, nem momentos de partilha, nem risadas ou lazer… Não quero livros, nem net, nem cafés, nem coisa nenhuma! Porra!

Eu adoro mudanças e não sou fã das rotinas (a não ser as boas, claro). Costumo brincar e dizer que o meu pai era meio cigano! Mudei tantas vezes de casa, de escola e de vida e sempre para melhor! De inicio custa… mas depois é só prazer. Chegou a altura de voltar a mudar, mas desta vez tenho uma grande limitação: dinheiro. Vai dai, estou sem alternativas práticas, apesar de na teoria ser a altura certa para os improváveis mais loucos.

Perdoem-me aqueles que estão preocupados! Mas isto incha, desincha e passa!
Perdoem-me também aqueles que se esmeram tanto para me fazer sentir um lixo! Lamento, mas ainda me vou rir!
Só preciso de uns dias! ;)
E vou mostrar-vos, (aos amigos, que para os outros não tenho NADA) como sem paus se faz uma cabana (no meu caso, uma escada)!

Entretanto, visto estar mais azeda que o vinagre, venho usar aquele meu amor infinito e que me transcende involuntariamente, para deixar uns recadinhos. Deixo-os no post seguinte. Até breve, my people.
(Comecei a escrever os recadinhos, mas mudei de ideias. Vou mandá-los de forma mais reservada).

* Só uma nota para os “anónimos”:

Sem uma dica,não adivinho quem são.

Se não deixarem nome ou uma pista,

não posso responder-vos! ;)

Claro que essa pode ser a ideia! Né?...