...REJOI AND BE GLAD...

Quero acreditar que os milagres acabam por chegar! Quando nem sempre os esperamos, mas quando mais precisamos deles! Chegam com a mesma intensidade com que os queremos receber... e com a dimensão exacta do que fizemos para os merecer!

4.7.08

Carta de (um) (simples) (desejo de) AMOR.


Escreve-te aquela que o teu coração, ama…
(ainda que cá dentro não saibas explicar o porque…
Nem eu! Mas há tantas outras coisas que não sei, não quero e não posso saber…)

Esta é a forma de me entregar…

O poder do teu sorrir não tem limites… Porque me faz feliz até doer!
Então, se fosse possível que a cada dia, eu pudesse e conseguisse colocar mais um sorriso no teu rosto… fazer-te soltar uma gargalhada… fazer-te corar… fazer-te gritar… Aí, seria ainda mais feliz!

Tu, organizas o meu caos! Tu, trazes de mansinho a Primavera!
Tu, tu, tu…

Neste momento, apesar disso, pensar-te não me faz sorrir, nem me lembra a Primavera.
Sinto-me a fazer a travessia de um longínquo e inóspito lugar, plantado num glaciar sem fim.
O sol nunca se põe e ainda assim nunca o vejo.
Aqui não há vida… sinto-me só e perdida.
Olho o caminho em frente e não existe um trilho, um sinal… nada!

Apenas me mantém viva, ainda, a lembrança da felicidade…
É por ela que, um passo após o outro me arrasto, já sem forças…

Não tenho explicação ou forma de exprimir aquela parte da História do Universo, que ocorreu algures, à beira rio, à beira mar… Num milénio, entre milhões, a que os Homens sabiamente deram o nome de dois mil... Num mês em que as flores brotam dos caules, em que as sementes germinam das trevas, e rebentam em verdes frescos e felizes…

Um dia em que quase nada foi importante, para além de ti e dos meninos que brincavam na rua e dos Homens que se debatiam lá longe, alheios ao amor que inundava tudo em volta…

Nesse momento, de entre os milhões de anos que já passaram, e as Eras que estão para vir, a minha alma, finalmente, usou-me o corpo para fazer aquilo para que ele foi concebido… Para amar!

Seria já suficientemente bonito se a história ficasse por aqui… se o planeta implodisse… se o universo se consumisse em si sem deixar rasto...

Porque parte da minha história ficava assim já escrita, com palavras quentes e doces, algures num infimo milésimo se segundo, numa parede branca, depois atirada para o chão…

Não sei onde me leva o destino. Também não sei onde te leva o teu…
Mas sei que, o destino nos trouxe um ao outro e nos separou.

Da forma mais tímida, mais provocante e provocadora...
...da forma mais assustadora, mais livre...
...mais sorridente e feliz...
...da forma mais imprópria, mais improvável e …onde tudo foi possível.

Sei que te sentiste também um pedaço de céu…
Vi no teu olhar que foste um deus e um herói.
Vi-te e deixei-me ver, sem máscaras, enganos, engenhos e engodos.
Não queria mais mentiras!

Sei que esse poder esteve na minha mão… nas nossas…

Esta, para mim, a história que aqui conto, foi a verdade mais pura, ainda que não vivida.
Apesar de ter de a matar…

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